autor:H.P. Lovecraft e Henry S. Whitehead
uma quinta-feira matinal de dezembro tudo começou com aquele movimento errático que
pensei ter visto em meu antigo espelho de Copenhague. Algo me pareceu se mexer e
refletir no vidro. Entretanto eu estava só em meu quarto. Parei e olhei atentamente. Mas,
achando que o efeito seria pura ilusão, continuei penteando o cabelo.
Descobri o antigo espelho coberto de pó e teia de aranha num anexo dum edifício da assembléia
legislativa estadual abandonado no território nortista escassamente povoado de Santa Cruz e o
trouxera de Ilhas Virgens a Estados Unidos. O admirável vidro estava escurecido por duzentos anos
de exposição a um clima tropical e o gracioso ornamento, ao longo do topo da armação dourada,
estava rachado. Destaquei os pedaços fixados atrás na armação antes de os guardar com meus
outros pertences.
Agora, vários anos depois, eu passava metade do tempo como convidado e metade como tutor na
escola particular de meu velho amigo Browne, numa ventosa encosta de Coneticute. Tinha a minha
disposição uma das alas abandonadas, que era utilizada como dormitório. Meus aposentos
consistiam em dois quartos e um pequeno vestíbulo. O velho espelho, alojado com cuidado entre
colchões, foi o primeiro de meus pertences a ser desempacotado quando cheguei. O coloquei em
lugar de honra, em cima dum velho painel de pau-rosa que pertencera a minha bisavó.
A porta de meu quarto era exatamente oposta à da sala de estar, separadas por um vestíbulo.
Percebi que olhando em meu espelho da cômoda eu podia ver o espelho maior através das duas
entradas, onde se refletia um assintótico corredor. Nessa manhã de quinta-feira tive a curiosa
impressão dum movimento embaixo do corredor normalmente vazio, mas, como eu disse, logo
descartei tal impressão.
Quando cheguei à sala de jantar achei todo mundo reclamando de resfriado e soube que o
sistema de aquecimento da escola estava temporariamente desligado. Sendo especialmente sensível
a baixa temperatura, isso me causava um sofrimento agudo. Decidi não encarar a gélida sala de aula
nesse dia. Conseqüentemente convidei minha classe a ir até minha sala de estar pruma sessão
informal em minha lareira. Sugestão recebida entusiasticamente.
Depois da sessão um dos meninos, Roberto Grandison, perguntou se poderia permanecer se não
tivesse compromisso pro segundo período matutino. Eu lhe disse que ficasse, e bem-vindo. Se
sentou numa cadeira confortável diante da lareira e começou a estudar.
Não muito depois Roberto passou a uma cadeira um pouco mais distante da chama recém ateada.
Essa mudança o deixou diretamente oposto ao velho espelho. De minha própria cadeira, noutra
parte do quarto, notei como começou a olhar fixamente o vidro escuro, embaçado e, desejando
saber o que tanto o interessava, me lembrei de minha própria experiência naquela manhã. Ao passar
muito tempo contemplando um franzir de cenho marcou sua fronte.
Afinal lhe perguntei, tranqüilamente, o que chamara sua atenção. Lentamente, e ainda ostentando
a pasma carranca, pensou e respondeu cautelosamente:
─ É a ondulação no vidro ou tudo o que isso representa, senhor Canevin. Notei que tudo parece
vir dum certo ponto. Olhes: Te mostrarei o que quero dizer.
O menino saltou a cima, foi ao espelho e colocou seu dedo num ponto próximo ao canto inferior
esquerdo.
─ É bem aqui, senhor. ─ Explicou. Virou pra me olhar e manteve o dedo no local escolhido.
O ato de se virar a mim pode ter feito apertar mais seu dedo contra o vidro. De repente retirou a
mão como se com algum esforço e soltou um débil murmúrio de asco: Ai! Então olhou o vidro com
evidente mistificação.
se quiser ver o conto completo veja "aqui"
só coloquei o conto de H.p lovecraft como exemplo,mande suas ilustrações, seus contos e até videos que conte alguma historia para carlosgall2003@yahoo.com.br, e eu colocarei aqui, como fiz com este conto.
DIVITAR-SE NOS NOSSOS JOGOS:como o Hotel macabro
entre no orkut do site: orkut mundo treze
no nosso link do Facebook: carlos geovanni
Eu faço roteiro de curta,média, longa metragem, de teatro e de revistinhas, se você quiser me contratar este é o email de contato carlosgeovanni@gmail.com
uma quinta-feira matinal de dezembro tudo começou com aquele movimento errático que
pensei ter visto em meu antigo espelho de Copenhague. Algo me pareceu se mexer e
refletir no vidro. Entretanto eu estava só em meu quarto. Parei e olhei atentamente. Mas,
achando que o efeito seria pura ilusão, continuei penteando o cabelo.
Descobri o antigo espelho coberto de pó e teia de aranha num anexo dum edifício da assembléia
legislativa estadual abandonado no território nortista escassamente povoado de Santa Cruz e o
trouxera de Ilhas Virgens a Estados Unidos. O admirável vidro estava escurecido por duzentos anos
de exposição a um clima tropical e o gracioso ornamento, ao longo do topo da armação dourada,
estava rachado. Destaquei os pedaços fixados atrás na armação antes de os guardar com meus
outros pertences.
Agora, vários anos depois, eu passava metade do tempo como convidado e metade como tutor na
escola particular de meu velho amigo Browne, numa ventosa encosta de Coneticute. Tinha a minha
disposição uma das alas abandonadas, que era utilizada como dormitório. Meus aposentos
consistiam em dois quartos e um pequeno vestíbulo. O velho espelho, alojado com cuidado entre
colchões, foi o primeiro de meus pertences a ser desempacotado quando cheguei. O coloquei em
lugar de honra, em cima dum velho painel de pau-rosa que pertencera a minha bisavó.
A porta de meu quarto era exatamente oposta à da sala de estar, separadas por um vestíbulo.
Percebi que olhando em meu espelho da cômoda eu podia ver o espelho maior através das duas
entradas, onde se refletia um assintótico corredor. Nessa manhã de quinta-feira tive a curiosa
impressão dum movimento embaixo do corredor normalmente vazio, mas, como eu disse, logo
descartei tal impressão.
Quando cheguei à sala de jantar achei todo mundo reclamando de resfriado e soube que o
sistema de aquecimento da escola estava temporariamente desligado. Sendo especialmente sensível
a baixa temperatura, isso me causava um sofrimento agudo. Decidi não encarar a gélida sala de aula
nesse dia. Conseqüentemente convidei minha classe a ir até minha sala de estar pruma sessão
informal em minha lareira. Sugestão recebida entusiasticamente.
Depois da sessão um dos meninos, Roberto Grandison, perguntou se poderia permanecer se não
tivesse compromisso pro segundo período matutino. Eu lhe disse que ficasse, e bem-vindo. Se
sentou numa cadeira confortável diante da lareira e começou a estudar.
Não muito depois Roberto passou a uma cadeira um pouco mais distante da chama recém ateada.
Essa mudança o deixou diretamente oposto ao velho espelho. De minha própria cadeira, noutra
parte do quarto, notei como começou a olhar fixamente o vidro escuro, embaçado e, desejando
saber o que tanto o interessava, me lembrei de minha própria experiência naquela manhã. Ao passar
muito tempo contemplando um franzir de cenho marcou sua fronte.
Afinal lhe perguntei, tranqüilamente, o que chamara sua atenção. Lentamente, e ainda ostentando
a pasma carranca, pensou e respondeu cautelosamente:
─ É a ondulação no vidro ou tudo o que isso representa, senhor Canevin. Notei que tudo parece
vir dum certo ponto. Olhes: Te mostrarei o que quero dizer.
O menino saltou a cima, foi ao espelho e colocou seu dedo num ponto próximo ao canto inferior
esquerdo.
─ É bem aqui, senhor. ─ Explicou. Virou pra me olhar e manteve o dedo no local escolhido.
O ato de se virar a mim pode ter feito apertar mais seu dedo contra o vidro. De repente retirou a
mão como se com algum esforço e soltou um débil murmúrio de asco: Ai! Então olhou o vidro com
evidente mistificação.
se quiser ver o conto completo veja "aqui"
só coloquei o conto de H.p lovecraft como exemplo,mande suas ilustrações, seus contos e até videos que conte alguma historia para carlosgall2003@yahoo.com.br, e eu colocarei aqui, como fiz com este conto.
DIVITAR-SE NOS NOSSOS JOGOS:como o Hotel macabro
entre no orkut do site: orkut mundo treze
no nosso link do Facebook: carlos geovanni
Eu faço roteiro de curta,média, longa metragem, de teatro e de revistinhas, se você quiser me contratar este é o email de contato carlosgeovanni@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário